sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

CENTRAL ENERGÉTICA


Eis um frame analógico. Um take fabril, da gélida Cidade Industrial. Um frame do rolo de filme, da forma vetusta de fotografar. Minha câmera tem filme ASA 100 e tem sede de sensibilizar a atmosfera do lugar. Cidade hexágona, contagense, que funde e solda em ritmo ininterruptível. A Cidade Industrial é fria e tem odor químico, ora de plástico, ora de borracha queimada. O silêncio diurno se dá na forma de ruídos constantes, de maquinários incessantes. A Cidade Industrial é uma ilha urbana, conectada à metrópole por trilhos e vias expressas, desprovida de entretenimentos. O regime de ordem é o trabalho. A máquina. A solda. O forno. O trem carregado com rolos de cabo de aço. O metrô.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

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