CENTRAL ENERGÉTICA
Eis um frame analógico. Um take fabril, da gélida Cidade Industrial. Um frame do rolo de filme, da forma vetusta de fotografar. Minha câmera tem filme ASA 100 e tem sede de sensibilizar a atmosfera do lugar. Cidade hexágona, contagense, que funde e solda em ritmo ininterruptível. A Cidade Industrial é fria e tem odor químico, ora de plástico, ora de borracha queimada. O silêncio diurno se dá na forma de ruídos constantes, de maquinários incessantes. A Cidade Industrial é uma ilha urbana, conectada à metrópole por trilhos e vias expressas, desprovida de entretenimentos. O regime de ordem é o trabalho. A máquina. A solda. O forno. O trem carregado com rolos de cabo de aço. O metrô.
© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário