PRAÇA DO ESTANDARTE
Cruzamentos de ruas ou avenidas são interseções que costumam me colocar em profunda reflexão. Ali, naquele ponto, você tem várias opções de caminho a seguir. Costumamos já ter em mente qual percorrer... ou estar predestinados a seguir determinado percurso. Mas já parou pra pensar que, ali, você está num ponto o qual costuma ter três, quatro ou mais destinos distintos? Nunca se perguntou onde daria cada uma daquelas vias que ali se intersectam? A vida costuma nos pregar peças parecidas. Te coloca em situações em que você pode escolher pegar o caminho mais fácil e confortável, o qual você já está acostumado e sabe onde vai dar. Conhece cada centímetro daquilo ali. Parece bom... mas é fastio! O cidadão urbano moderno é criado para percorrer caminhos já exaustivamente seguidos pelos outros, como se aquilo ali fosse o sinônimo do sucesso. Raramente paramos num cruzamento para analisar onde cada um daqueles caminhos podem nos dar e quais surpresas nos esperam no final de cada percurso. Essas encruzilhadas ferem, instigam, deprimem e/ou excitam as almas mais inquietas. Na região central de Belo Horizonte todos as interceptações entre avenidas recebem o nome de praças. Praça da Savassi, Praça Sete, Praça Tiradentes, Praça do ABC, Praça da Bandeira (canto inferior esquerdo da foto), dentre muitas outras. Essas praças nada mais são que avenidas que se fundem, mesmo por um breve momento, para depois cada uma seguir novamente para onde foram predestinadas. Numa praça um cidadão faz uma pausa, senta-se, relaxa, reflete sobre sua vida para depois continuar seguindo. Poética a forma que nossa querida capital mineira distingue seus cruzamentos entre vias...
Tenham uma excelente noite de sábado e até a próxima!
Estas praças que são hoje cruzamento de avenidas, já foram belas, num tempo em que nossa BH estava planejada pra não sair da Av. do Contorno antes de seu centenário. Mas, a cidade jardim cresceu muito rápido e as verdadeiras praças passaram a dar caminho a outros caminhos. A duras penas, estamos aprendendo que somos nós que precisamos delas, não os carros.
ResponderExcluirBH não transbordou apenas os limites da Contorno, como os limites do seu próprio município. Hoje temos uma metrópole de 5 milhões de habitantes por conta de uma invasão da massa urbana de Belo Horizonte que avançou sob municípios limítrofes. Aos poucos, depois do crescimento desordenado, conseguiremos colocar as coisas no seu devido lugar e organizar a urbe para que ela possa nos servir menos caoticamente. Que venham as praças, os quarteirões fechados e o transporte público de qualidade!
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