LOIRA DO BONFIM
Toda cidade tem suas lendas e mitologias urbanas. Aqui em BH não poderia ser diferente. Aliás, Belo Horizonte é uma cidade que coleciona tais mistérios como poucas outras cidades brasileiras conseguem fazer. Dentre dezenas deles, a mais famosa é a lenda da Loira do Bonfim. Na década de 1940 ficou conhecida na cidade uma mulher loira, muito bonita, que conquistava os homens no Centro e os convencia a leva-la em sua casa, no Bairro do Bonfim, às altas horas da madrugada. Ao chegar lá, eles descobriam que a casa dela não era uma residência comum, e sim o Cemitério do Bonfim. Lá ela descia, entrava no cemitério e desaparecia por entre os enormes mausoléus do local. Também era comum ela ir de bonde até o cemitério, fazendo com que os condutores do bonde temessem o expediente durante a madrugada. Foram vários os casos de aparecimento da Loira do Bonfim, que por vezes dava o ar da graça também na boêmia Lagoinha. O fato é que, na época, os comentários sobre a misteriosa mulher apavoraram muitos moradores da capital mineira, que simplesmente deixaram de sair de casa após certa hora da noite. A Loira do Bonfim foi citada em verso e prosa por artistas de Belo Horizonte, de Carlos Drummond de Andrade (em seu livo O Sentimento do Mundo) à Lacarmélio de Araújo (autor da revista Celton). Nos inspirando nisso, eu e minha esposa Lígia Tôrres criamos o ensaio fotográfico Loira do Bonfim, onde, em nossa versão, a Loira é uma vampira que trafega no cemitério junto ao seu parceiro. Veja mais fotografias do ensaio em:
Tenham uma ótima noite!
- Charles Tôrres
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