A NOITE NA CIDADE INDUSTRIAL
Eis um frame analógico. Um take fabril, da gélida Cidade Industrial. Um frame do rolo de filme, da forma vetusta de fotografar. Minha câmera tem filme ASA 400 e tem sede de sensibilizar a atmosfera do lugar. Cidade hexágona, contagense, que funde e solda em ritmo ininterruptível. A noite na Cidade Industrial é fria e tem odor químico, ora de plástico, ora de borracha queimada. O silêncio noturno se dá na forma de ruídos constantes, de maquinários incessantes. A Cidade Industrial é uma ilha urbana, conectada à metrópole por trilhos e vias expressas, desprovida de entretenimentos. O regime de ordem é o trabalho. A máquina. A solda. O forno. O trem carregado com rolos de cabo de aço. O metrô.
Boa noite!
Boa noite!
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