METAMORFOSE ANALÓGICA
Como eu disse ontem, hoje é dia de mais uma fotografia resultante de experiência analógica. Fiz a foto acima usando uma Canon AE-1 de 1976 em conjunto com uma lente 55mm f/1.2 de 1964, retratando parte da Praça Raul Soares. Costumo dizer que grandeza de um lugar não é representada apenas por sua imponência ou por sua história. É também simbolizada pela capacidade que o local tem de se reerguer quando parecer não haver mais esperanças para ele. A famosa Praça Raul Soares, marco zero de Belo Horizonte, é um exemplo dessa metamorfose. Em outrora, foi tomada por sujeira, mendigos e histórias pra lá de assustadoras. Antes de sua recente reforma, ninguém arriscava cruzar a praça, onde hoje o verde e a vivacidade tomam conta. A Raul Soares possui traçado em estilo francês e desenhos de motivos indígenas, formados pelas belas pedras portuguesas em seu calçamento. Já foi palco de grandes revoluções, passeatas; deu origem a um grande bairro; acomodou simbólicos eventos e diversos festivais. Hoje, madura, ela se reserva a ser apenas um local de descanso e desfrute do cidadão que por ali vive ou trabalha. Possui música erudita como som ambiente, em auto-falantes espalhados pela região. Sua fonte central acompanha a música conforme sua intensidade se discrepa. Nada mais sublime, no coração da mais verticalizada região da metrópole.
Boa noite!
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