MARCHA LUNAR
Andar perene, solene, ao véu do sol. Luz aterra a lua, ofusca o lume fixo e seduz o seu freguês. O poeta já entende e o amante é professor. O croma deste brilho desperta... sou amador!
Continuo pelo torto pois há paus e pedras no meio do caminho. Afim de encontrar, uma jornada lunar. Pois me entrego ao esforço aflito e sei que estou num errado lugar.
Procuro o comandante do caminhar sincronizado, ao astro dominante, à musa dos inquietos. Quero extorquir dessa viagem sem volta para o indecifrável ser humano; e para o questionamento misto... o veredito do funcionamento, da máquina circulante.
Observo a companheira da toca humana. Um passeio interessante ao aspecto nulo, todo-poderoso. Observo ainda que sou filho desse aspecto. E como bom herdeiro, acabo me entregando.
Enfim, vou pesquisar: obcecado ou indiferente? Eclipse em nossas cabeças, escurecendo o caminhar. Talvez, um destino sem respostas. Não desistirei afinal... continuarei tentando encontrar a minha marcha lunar.
Charles Tôrres
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